Celebramos na
Igreja uma festa importante: a festa do Pentecostes. O de há 2 mil anos,para a
Igreja nascente, mas especialmente o de
hoje, o nosso pentecostes.
Acerca do Evangelho da Eucaristia de hoje gostaria de
reproduzir um pequeno comentário que encontrei na agência Ecclesia:
“ O
“anoitecer”, as “portas fechadas”, o “medo” (vers. 19a) são o quadro que
reproduz a situação de uma comunidade desamparada no meio de um ambiente hostil
e, portanto, desorientada e insegura. É uma comunidade que perdeu as suas
referências e a sua identidade e que não sabe, agora, a que se agarrar.
Entretanto,
Jesus aparece “no meio deles” (vers. 19b). João indica desta forma que os
discípulos, fazendo a experiência do encontro com Jesus ressuscitado,
redescobriram o seu centro, o seu ponto de referência, a coordenada fundamental
à volta do qual a comunidade se constrói e toma consciência da sua identidade.
A comunidade cristã só existe de forma consistente se está centrada em Jesus
ressuscitado.
Jesus começa
por os saudar, desejando-lhes “a paz” (“shalom”, em hebraico). A “paz” é um dom
messiânico; mas, neste contexto, significa sobretudo a transmissão da
serenidade, da tranquilidade e da confiança, que permitirão aos discípulos
superar o medo e a insegurança: a partir de agora, nem o sofrimento, nem a
morte, nem a hostilidade do mundo poderão derrotar os discípulos, porque Jesus
ressuscitado está “no meio deles”. Em seguida, Jesus “mostrou-lhes as mãos e o
lado”. São os “sinais” que evocam a entrega de Jesus, o amor total expresso na
cruz. É nesses “sinais” (na entrega da vida, no amor oferecido até à última
gota de sangue) que os discípulos reconhecem Jesus. O facto de esses “sinais”
permanecerem no ressuscitado indica que Jesus será, de forma permanente, o
Messias cujo amor se derramará sobre os discípulos e cuja entrega alimentará a
comunidade.
Vem, depois, a
comunicação do Espírito. O gesto de Jesus de soprar sobre os discípulos
reproduz o gesto de Deus ao comunicar a vida ao homem de argila (João utiliza,
aqui, precisamente o mesmo verbo do texto grego de Gn 2,7). Com o “sopro” de
Deus de Gn 2,7, o homem tornou-se um “ser vivente”; com este “sopro”, Jesus
transmite aos discípulos a vida nova e faz nascer o Homem Novo. Agora, os
discípulos possuem a vida em plenitude e estão capacitados – como Jesus – para
fazerem da sua vida um dom de amor aos homens. Animados pelo Espírito, eles
formam a comunidade da nova aliança e são chamados a testemunhar – com gestos e
com palavras – o amor de Jesus.”
É, somos empurrados por este forte
ESPÍRITO a sair da nossa letargia, do nosso “sono”...o mundo espera-nos, as
portas devem abrir-se, os medos desaparecem, as maravilhas de Deus são proclamadas...
Este é o Pentecostes que somos
chamados a viver...o ESPÍRITO está aí, a trabalhar...apercebemo-nos da sua
presença?
Sem comentários:
Enviar um comentário