quarta-feira, 26 de maio de 2010

VEM, ESPÍRITO!


Celebramos na Igreja uma festa importante: a festa do Pentecostes. O de há 2 mil anos,para a Igreja nascente,  mas especialmente o de hoje, o nosso pentecostes.
Acerca do  Evangelho da Eucaristia de hoje gostaria de reproduzir um pequeno comentário que encontrei na agência Ecclesia:
“ O “anoitecer”, as “portas fechadas”, o “medo” (vers. 19a) são o quadro que reproduz a situação de uma comunidade desamparada no meio de um ambiente hostil e, portanto, desorientada e insegura. É uma comunidade que perdeu as suas referências e a sua identidade e que não sabe, agora, a que se agarrar.
Entretanto, Jesus aparece “no meio deles” (vers. 19b). João indica desta forma que os discípulos, fazendo a experiência do encontro com Jesus ressuscitado, redescobriram o seu centro, o seu ponto de referência, a coordenada fundamental à volta do qual a comunidade se constrói e toma consciência da sua identidade. A comunidade cristã só existe de forma consistente se está centrada em Jesus ressuscitado.
Jesus começa por os saudar, desejando-lhes “a paz” (“shalom”, em hebraico). A “paz” é um dom messiânico; mas, neste contexto, significa sobretudo a transmissão da serenidade, da tranquilidade e da confiança, que permitirão aos discípulos superar o medo e a insegurança: a partir de agora, nem o sofrimento, nem a morte, nem a hostilidade do mundo poderão derrotar os discípulos, porque Jesus ressuscitado está “no meio deles”. Em seguida, Jesus “mostrou-lhes as mãos e o lado”. São os “sinais” que evocam a entrega de Jesus, o amor total expresso na cruz. É nesses “sinais” (na entrega da vida, no amor oferecido até à última gota de sangue) que os discípulos reconhecem Jesus. O facto de esses “sinais” permanecerem no ressuscitado indica que Jesus será, de forma permanente, o Messias cujo amor se derramará sobre os discípulos e cuja entrega alimentará a comunidade.
Vem, depois, a comunicação do Espírito. O gesto de Jesus de soprar sobre os discípulos reproduz o gesto de Deus ao comunicar a vida ao homem de argila (João utiliza, aqui, precisamente o mesmo verbo do texto grego de Gn 2,7). Com o “sopro” de Deus de Gn 2,7, o homem tornou-se um “ser vivente”; com este “sopro”, Jesus transmite aos discípulos a vida nova e faz nascer o Homem Novo. Agora, os discípulos possuem a vida em plenitude e estão capacitados – como Jesus – para fazerem da sua vida um dom de amor aos homens. Animados pelo Espírito, eles formam a comunidade da nova aliança e são chamados a testemunhar – com gestos e com palavras – o amor de Jesus.”
É, somos empurrados por este forte ESPÍRITO a sair da nossa letargia, do nosso “sono”...o mundo espera-nos, as portas devem abrir-se, os medos desaparecem, as maravilhas de Deus são proclamadas...
Este é o Pentecostes que somos chamados a viver...o ESPÍRITO está aí, a trabalhar...apercebemo-nos da sua presença?

sexta-feira, 14 de maio de 2010

EU ACREDITO

Portugal está a viver nestes dias um importante evento: a visita di Papa Bento XVI.
Como português, mesmo no estrangeiro estou a tentar seguir este evento o melhor que posso. Aqui na Etiópia, graças à tecnologia da televisão por satélite, pude acompanhar esta visita pela transmissão que a RTP internacional ofereceu. Deixo aqui os parabéns ao pessoal da televisão pública por este granmde serviço.
Gostaria de deixar aqui a minha surpresa pela forma como o país se mobilizou, não tanto pelo papa, mas por quem ele representa. Senti vibrar em mim o orgulho de ser Jovem e português ao ver os cerca de 10000 jovens que se fizeram sentir e ver em Lisboa, especialmente na missa do Terreiro do Paço. Afianl Crissto continua ainda hoje a fazer “estremecer”. O coração dos jovens. O Papa teve também uma palavra especial para eles na homilia:
"Queridos Irmãos e jovens amigos, Cristo está sempre connosco e caminha sempre com a sua Igreja, acompanha-a e guarda-a, como Ele nos disse: «Eu estou sempre convosco, até ao fim dos tempos» (Mt 28, 20). Nunca duvideis da sua presença! Procurai sempre o Senhor Jesus, crescei na amizade com Ele, comungai-O. Aprendei a ouvir e a conhecer a sua palavra e também a reconhecê-Lo nos pobres. Vivei a vossa vida com alegria e entusiasmo, certos da sua presença e da sua amizade gratuita, generosa, fiel até à morte de cruz. Testemunhai a alegria desta sua presença forte e suave a todos, a começar pelos da vossa idade. Dizei-lhes que é belo ser amigo de Jesus e que vale a pena segui-Lo. Com o vosso entusiasmo, mostrai que, entre tantos modos de viver que hoje o mundo parece oferecer-nos –  todos aparentemente do mesmo nível – , só seguindo Jesus é que se encontra o verdadeiro sentido da vida e, consequentemente, a alegria verdadeira e duradoura. 
Buscai diariamente a protecção de Maria, a Mãe do Senhor e espelho de toda a santidade. Ela, a Toda Santa, ajudar-vos-á a ser fiéis discípulos do seu Filho Jesus Cristo." 
É grande o legado que o Papa fez aos cristãos portugueses, especialmente aos jovens. O meu desejo, feito oração é que os nossos jovens façam eco destas palavras no profundo do coração e das suas vidas, as tornem uma escolha de vida. O mundo precisa deles para serem instrumentos de VIDA para os outros. Aqui na Etiópia, é uito evidente o quanto o mundo precisa de jovens generosos para anunciar Cristo aos outros.
Que este “EU ACREDITO” sejam vidas generosas que se dão, mesmo em tempos difíceis como o nosso!

sábado, 1 de maio de 2010

A S.JOSÉ TRABALHADOR

Tu, José, homem simples e trabalhador…
Com o suor do teu honesto trabalho
Glorificavas o teu Deus com a tua vida,
Contribuias com o teu Deus na obra da criação por ele começada
Até ao dia em que a surpresa aconteceu:
A jovem Maria a quem tu piscavas o olho,
Com quem desejavas casar,
Aquela formosa rapariga de Nazaré
Encontra-se grávida de um filho que não é teu.
És convidado a colaborar de forma mais excelsa com o teu Deus,
Ele põe nas tuas mãos e ao teu cuidado o Seu Filho.
Claro que para ti não foi fácil aceitar,...
Mas o que verdadeiramente contava era fazer a Sua vontade!
Conta-nos José:
como era ele?
Que fizeste para o ajudar a crescer?
Como te sentias?
E Maria, como foi que ela viveu a aventura de ser mãe de Jesus?
José,
Nos nossos dias, para nós também não é nada fácil aceitar o plano de Deus,
Perceber o que ele quer de nós,
Como acolhê-lo em nós...no nosso tempo incerto e vago...
Contudo queremos aprender de ti
A escutar Deus,
A colaborar com ele,
A trabalhar com ardor,
A não nos deixarmos dominar pelas modas e pelas críticas,
A viver na simplicidade e na sobriedade.
José,
Intercede por nós na nossa pouca fé,
Na nossa preguiça,
Nos nosso limites e incertezas.Amén.