quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Outubro: Mês Missionário


Um bispo italiano, já falecido, don Tonino Bello, dizia que os cristãos não devem falar de mês missionário ou de dia missionário. Devemos, isso sim, falar de um contínuo SER MISSIONÁRIO, viver em estado de Missão. A palavra mês ou dia, ou ano parece cingir a um momento único, a um "de vez em quando" no qual investir as nossas forças, e não de algo que deveria fazer parte natural do ser de nós mesmos, da própria Igreja. Este empenho não o podemos restringir a 24 horas ou a 30 dias...

É justo falar de mês missionário, mas, atenção: alguém pode correr o risco de pensar que põe a sua consciência cristã em ordem fazendo algumas obras boas ou dando uma "esmola" para as Missões. Esta é uma ideia errada!

Que este mês de Outubro ajude as nossas igrejas a re-descobrir a radicalidade da Missão!

Não é suficiente uma recolha, ainda que generosa de dinheiro e de meios materiais. O nosso Deus não se "contenta" com os restos da nossa opulência. Não basta intensificar as orações para que o Reino de Deus venha. Não basta só enviar alguém em nosso nome. Todos este meios são importantes e necessários. Mas não são tudo.

Devemos recuperar o estilo de Igreja Missionária, enviada não a proclamar-se a si mesma, mas a anunciar Cristo morto e Ressuscitado a un mundo que não O conhece, que não O aceita ou O combate, ou, pior ainda, se está "marinbando" para Ele.

É urgente fazer desaparecer a ideia de uma igreja sedentária, pacífica, auto-suficiente...

Convençamo-nos que já a nossa família é terra de missão. Não nos podemos acontentar com pequenos "arranjos" de fé, mas devemos abrir os nossos ouvidos, a partir da pequenez da nossa igreja local, ao concerto universal, de toda a Terra. Se acreditamos que podemos e devemos abrir-nos ao mundo o Outubro missionário terá um verdadeiro significado. Caso contrário, celebraremos somente a festa na nossa estéril generosidade.

1 comentário:

Anónimo disse...

Viva! Amigo Pe. Quim.
Quem o conhece sabe que irradia alegria, serenidade, atenção aos outros e muita paz.
Com esta maneira de ser e de estar no mundo, acredito que será para as gentes da Etiópia uma janela de esperança. Janela que lhes permitirá observar, respirar os grandes Valores da Humanidade e acreditar num amanhã mais risonho.
Abraço.
Carlos Faria